PARIS III

Ora viva maltosa! Bem sei que ando ausente, mas como devem compreender tenho uma justificação para o facto!
Continuo com a tarefa árdua de rechear a minha casinha e por conseguinte arrumar tudo o que é móveis, loiças e afins nos sítios indicados, por este facto não ando com muito tempo para esta andanças bloguistas (com muita pena minha!!!)

Pois bem! Passando tanto tempo vou tentar por de pé os restantes dias da minha estada em PARIS.

Foi um autêntico raide por as principais “atracções” parisienses no decorrer dos nossos 5 dias “franceses”, e digo raide porque, por opção nossa (e muito bem!!!), fizemos praticamente todo o trajecto “à la Pate” de forma a ver a grandiosidade da cidade e toda a beleza que circundava os monumentos. Desta forma a primeira sortuda a ser visitada foi Notre Damme e digo-vos que se no exterior a complexidade de toda a sua estrutura e as famosas e fascinantes Gárgulas me deixaram maravilhado, no interior a música de fundo e o sossego que nos é oferecido deixou-me estranhamente relaxado embalando a visita num ritmo bastante calmo, no entanto havia muito mais para visitar.

Musée du Louvre

Este sem dúvida foi daqueles momentos que marcaram decididamente a nossa visita, tanto por aquilo que ouvia falar e me deixava curioso, por aquilo que me mostravam e não via “in loco”, por me dizerem que era grande e não imaginar a grandiosidade do monumento e por fim estar preparado para andar e visitar e não imaginar que era tanto… para ver e para andar.

Então quando falámos às cachopas para levar o bom do “Ténne” penso que foi aqui que elas entenderam decididamente o porquê de não trazerem os duzentos mil sapatos de salto alto.

Se à partida entrei com uma vontade enorme de visitar, a entrada do louvre é o melhor postal de promoção para os visitantes, é algo magistral com a tão famosa pirâmide invertida que até então só conhecia nos livros. Desde o início da visita a proximidade com alguns chineses pensava que era normal uma vez que estávamos todos na fila, no entanto posso-vos dizer que os malditos olhos em bico são mesmo … mais que as mães (e que os pais, tios, avós e afins)!!!

Digo-vos até mais, se eles se lembrassem de fazer um motim no Louvre deixavam tudo de pantanas… ERAM MILHARES DE AMARELOS!!!

Nisto começamos a visitar e observar (e fotografar) os milhares de peças, estátuas, pinturas, artefactos e esculturas que íamos encontrando ao longo das imensas “avenidas” que o Louvre nos proporciona na visita.
Nisto chegamos à tão famosa sala onde se encontra a menina do “Código da Vinci” e posso-vos adiantar que não é nada de extraordinário e não me fascinou de forma alguma.

No meu entender:

“A Mona Lisa está pró louvre como a Simara está para a FHM”

E digo isto por vários motivos de comparação:

1- Ambas deixam muito a desejar no que remete a beleza
2- Ambas devem ter herdado genes de Trambolho (isto sou eu a imaginar a bunda da mona lisa!!)
3- Só mesmo a família “Chop Soy” é que poderia ser fãs de ambas


Curiosamente de tudo o que pude ver e observar, posso adiantar que a amiga MONA LISA é algo que se torna bastante difícil, direi mesmo quase impossível de admirar de perto, uma vez que a epidemia amarela faz um autêntico cordão humano para fotografar a dita senhora, utilizando de uma forma louca e esquizofrénica o famoso flash (o que é proibido neste local!!!).

Passado este tormento e dar-mos a visita por consumada, era hora de dar seguimento a um trajecto criteriosamente elaborado por o nosso El Comandante Comédias, o que passava por mais meia dúzia de quilómetros… na melhor das hipóteses.

Sacre Couer

Sabendo que ainda tínhamos muito a visitar e que do louvre ao Sacre Couer (sei agora que são perto de 2,5 kms) ainda tínhamos que dar ao chinelo, pusemo-nos a caminho… quando lá chegamos encaramos com duas situações 1- podíamos subir as escadas que eram pouco menos que 300 (saudades da escadaria da penha!) 2- pagávamos para subir num elevador (ao preço que era mais valia estar quieto!!!)
Foi então que decidimos enfrentar as escadas como um caso de vida ou de morte e lá fomos nós. Chegados ao topo fiquei bastante surpreendido com o que se passava por ali.

Foi ver grupo de black mambas a dançar breakdance, um tissão em cima de um muro a maravilhar a maltosa com as suas habilidades com uma bola, um artista/cantor a dar um espectáculo no meio das escadas, monhés a vender bujigangas, tudo isto a menos de 20 metros da Basílica do sagrado Coração.

Perante esta arruada de gente, decidimos sentar a descansar e observar todas estas actividades multiculturais que nos rodeavam. Qual não é o meu espanto quando também havia monhés a vender cerveja (provavelmente a melhor cerveja da visita!!!).
Os rapazes, saciados por uma senhora loira, decidiram pedir 3 “mines”, as quais foram ingeridas com bom grado uma vez que estavam fresquíssimas e até eram baratas (1 euros!!!!).

Foi aqui que eu estive no meu melhor…

Quando estava a menos de meio da minha mini, o monhé deserto de me vender mais uma, disse-me (segundo o Rodrigo, porque eu e o francês não nos entendemos!!!) se queria uma, Eu (pensando que o rapaz queria levar as garrafas) acenei-lhe que sim bebi a mini de pressa e entreguei-lhe ficando ele a olhar para mim com ar de parvo, eu satisfeito com a boa acção e o Rodrigo a mijar-se a rir pela figurinha triste que eu tinha acabado de fazer… línguas… problemas de língua!!!

Por mim ficaria mais algum tempo a desfrutar da cerveja mas em abono da verdade havia coisas bem mais importantes, que um gajo se enfrascar a menos de 20 metros de um monumento religioso!!!


Alimentação

Aqui é que foi o bom e o bonito cá para o giestas!!! Como se diz na gíria popular “Quanto mais magro anda o cão mais a pulga o ataca” e é bem verdade uma vez que, posso-vos garantir, aqui o bom do dentuças não foi muito feliz quando ás suas selecções gastronómicas.

Tirando a primeira refeição que foi no nosso amigo Mac Donalti com o bom do bigmac, as comezainas seguintes foram dignas de filme… de comédia!
Fomos, num dos dias, a um restaurante italiano com aspecto catita e eu como pessoa portadora duma esquizofrenia arrozeira optei por um prato de risotto milanese, numa óptica de comer um arrozito com umas merdas quaisquer!!!!

Pois bem, caros amigos,
o risotto milanese não é mais nem menos que o nosso arroz de tomate, com um nome muito chique!!!

Ainda tive pra pedir um pratinho de pataniscas de bacalhau ou meia dúzia de joaquinzinho fritos para tornar a coisa mais portuguesinha mas depois acabei por comer apenas (!) o barranhão de arroz vermelho e com a porra das folhas de louro lá entranhadas.

Segundo restaurante italiano, segunda janta segunda trampa, nesse momento pensei seriamente cortar os pulsos mas depois aleijava-me e achei melhor não!

Ora bem, lá fui escolher o pratinho de… tchan tchan tchan tchan … tagliatelle à Carbonara!
Foi mesmo caso para dizer: Hmmmmmm… que bela merda!!!

A porra da tagliatelle à Carbonara era apenas e somente isso… a massa e o molho porque a carne devia ter tirado férias nesse dia porque não apareceu pelo meu prato. Foram dias de grande sofrimento!!! Mas passaram-se … com sofrimento! ;)

Graças a Deus que os franciúúús não têm A.S.A.E. (Animais Selvagens Aptos a Extorquir) porque havia de ser o bom e o bonito para as pastelarias la do sitio.

Pois bem, tivemos a triste ideia de ir lanchar a um desses espaços comerciais, e foi o bom e o bonitos. Desde:

- Os empregados a pegar nos bolos com as mãos
- pegar nos bolos, fazer trocos, voltar a pegar nos bolos
- estar a fumar à porta da pastelaria, vir para dentro pegar nos bolos, pegar no dinheiro
- TUDO ISTO SEM LUVAS, PINÇAS, E LAVAGENS DE MÃOS!

No fim de contas, por a merda dum folhado misto (e se calhar com porcaria das unhas da senhora) e uma cerveja caguei lá 9€! Sim 9€!!!!

Crepes, os tão famosos crepes que por acaso são belíssimos mas eu em vez dos comprar acho que merecia poder aluga-los porque este durou apenas 10 minutos no bucho e depois tive que ir fazer um … crepe!!!!

E Assim me vou!!!

JL :B

To be continue